O que é conectividade IoT? Um guia comparativo

22.01.2024
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Definição rápida: Conectividade IoT descreve a tecnologia e os processos que permitem que dispositivos de Internet das Coisas (IoT) recebam e transmitam dados.  Todo dispositivo de IoT – de um smartwatch a um sensor de manutenção preditiva – depende de uma conexão de rede para operar.

Conectividade é um componente crítico da Internet das Coisas.  Os dispositivos de IoT dependem de redes para poder se comunicar com portais, aplicações, servidores, roteadores e outros dispositivos de IoT. Esta comunicação – transmitindo e recebendo dados – permite que os dispositivos de IoT desempenhem as funções para as quais foram desenhados.

Os fabricantes de IoT possuem uma ampla gama de opções quando se trata de conectividade.  Mas, não são todas iguais.  Algumas soluções de conectividade não foram desenhadas para a Internet das Coisas e têm casos de uso limitados.  Outras foram desenhadas especialmente para os tipos específicos de aplicações e cenários de IoT.

Se você está projetando uma aplicação de IoT, a quantidade de opções disponíveis é avassaladora.  No entanto, para cada caso de uso, normalmente há uma solução de conectividade ideal que é a mais adequada para as suas circunstâncias.

Neste guia, examinaremos os fatores que você deve considerar ao avaliar as soluções de tecnologia IoT, bem como um panorama das opções mais populares.

Como comparar soluções de conectividade IoT

Cobertura: Este tipo de rede estará disponível onde você precisa implementar?

Largura de banda: A solução de conectividade consegue lidar com o volume e os tipos de transmissões de que seus dispositivos precisam?

Consumo de energia: Quanta energia seus dispositivos usarão ao transmitir ou receber dados?

Custo: Você terá que construir e manter sua própria infraestrutura?  Que componentes precisará ter?  Qual será o custo dos dados?  

Taxa de transferência de dados: Esse tipo de rede suportará os recursos de que você precisa? 

Mobilidade: Esta conectividade permitirá que seus dispositivos operem em movimento? A qual velocidade?  

Latência: Qual a duração do delay entre as transmissões de dados usando esta tecnologia?  

Penetração em ambientes internos: O sinal funciona bem em ambientes internos ou subterrâneos? 

Segurança: A rede aumenta ou diminui sua proteção contra o uso inadequado e acesso não autorizado? 

Redundância: Se você usar este tipo de conectividade, quais tipos de backup pode ter implementado? 

Há muito a se avaliar ao tentar encontrar o que melhor se encaixa em sua aplicação de IoT, mas geralmente tudo se resume a três fatores principais: cobertura, largura de banda e consumo de energia.  Dependendo de seu dispositivo, do ambiente no qual você estiver implementando e das capacidade de que precisa, outros fatores podem se tornar mais importantes.  

A seguir, mostraremos dez dos principais aspectos a serem comparados entre as soluções. Você também pode avançar para obter uma comparação rápida de algumas das principais soluções de conectividade de IoT.

Cobertura 

Um dos fatores mais importantes a serem considerados ao selecionar uma solução de conectividade é a cobertura: ela funcionará onde seus dispositivos precisam ser implantados? 

Você verá com frequência referencias a alcance, mas em IoT, trata-se menos de uma questão de “quão longe meus dispositivos podem estar desta infraestrutura” e mais sobre “posso obter um sinal em qualquer lugar onde eu precise implantar”? Isto inclui a capacidade do sinal de penetrar em edifícios ou operar em locais isolados. 

Alguns tipos de rede já possuem infraestrutura e você precisa apenas se conectar a ela. A cobertura já está disponível em toda a cidade, região, país ou continente.  Outras tecnologias exigem que você implemente a infraestrutura de rede por conta própria, o que significa que a infraestrutura se torna parte do custo de cada implantação. 

Algumas soluções de conectividade podem usar diversas tecnologias para estender sua cobertura.  Em IoT celular, por exemplo, é comum que redes 3G ou até 2G  precisem ser usadas como tecnologia de apoio em áreas que não possuem cobertura  LTE-MNB-IoT, ou Cat-M1. Dispositivos baseados em WiFi, como sistemas de alarmes residenciais, também podem usar a conectividade celular como backup para protegê-lo contra quedas de energia.  

Largura de banda

Largura de banda é a capacidade máxima que a rede possui para transmitir dados.  Largura de banda é compartilhada através de toda a rede e afeta tanto o volume de mensagens que seus dispositivos podem enviar quanto o tamanho dos pacotes de dados incluídos nelas. 

Se seus dispositivos precisam receber ou transmitir uma grande quantidade de dados, você precisará escolher uma solução com maior largura de banda.  Escolher uma solução de IoT com pouca largura de banda é como tentar enfiar elefantes em um carro popular.  

Algumas soluções podem também exigir que seus dispositivos de IoT compartilhem largura de banda com outros clientes, com o público, ou com os dispositivos de seus clientes.  Neste caso, pense em largura de banda como espaço em um ônibus. Há um número finito de assentos e algumas pessoas ocupam mais lugar com bicicletas, pets, bagagem e pernas compridas.  As pessoas sobem e descem do ônibus em momentos diferentes, liberando espaço para outros ou ocupando ainda mais espaços.  À medida que o ônibus atinge e excede sua capacidade, é impossível abrir espaço sem esbarrar em outros e interferir em seus espaços.  

Se o seu aplicativo de IoT não exigir muita largura de banda, esse fator se tornará menos significativo.  

Consumo de energia

Os dispositivos de IoT geralmente são carregados por bateria e não são recarregáveis.  A bateria deve durar todo o ciclo de vida do dispositivo.  Isto significa que sua solução de conectividade não pode consumir energia demais.  

Tecnologia que não foi desenhada para IoT – como WiFi – frequentemente consome muito mais energia porque foi construída para outras aplicações.  Algumas soluções especializadas, como NB-IoT e LTE-M possuem recursos de economia de energia para estender a vida da bateria dos dispositivos de IoT.  

Em alguns respeitos, o consumo de energia de uma rede também depende de seu caso de uso.  Por exemplo, redes mais complexas com taxas de transferência de dados mais altas, podem consumir mais energia quando seu dispositivo não está em uso. Mas, quando seu dispositivo precisa transmitir ou receber dados, ele utiliza menos energia porque a rede pode transferir dados com mais rapidez, fazendo com que a transmissão leve menos tempo.  Em uma rede com taxa de transferência baixa, um processo com intensidade de dados, como a atualização remota de um programa, pode ser devastador para a bateria de seu dispositivo.  

Custo

Em soluções de conectividade IoT, diversos fatores devem ser considerados.  

Se uma rede já estiver implementada e você tiver que simplesmente se anexar a ela (como a celular), seus custos de implementação não incluirão a compra e construção de infraestrutura de rede.  Mas, com qualquer tecnologia de rede você deve avaliar o equipamento com o qual precirá se conectar, seja um equipamento de compra única (como um modem), alguma tecnologia necessária para todos os dispositivos (como um SIM card), ou algo que você precisa comprar repetidamente para cada implantação (como portais, servidores ou roteadores). 

Implantar sua própria infraestrutura de conectividade acrescenta custos contínuos de manutenção e operação, o que exigirá que você invista em pessoal dedicado. Redes mais complicadas também podem aumentar seus custos de desenvolvimento, pois seu dispositivos precisarão ser compatíveis com os protocolos e tecnologias que a solução de conectividade exigir. 

E, claro, você precisa considerar o custo contínuo do consumo de dados.  Se estiver usando um provedor de conectividade como uma Operadora de Rede Móvel (MNO), eles podem exigir um contrato que imponha limites de dados ou taxas para o uso adicional de dados. A emnify utiliza um modelo do tipo ‘pague por uso’ que utiliza o agrupamento de dados, de forma que você só paga pelos dados que consumir.  

Alguns provedores de serviços que vendem o acesso às suas infraestruturas podem utilizar também acordos de roaming para estender a cobertura, lhe dando acesso à infraestrutura de um parceiro por um preço mais alto.  Dependendo do escopo de sua implementações e dos países onde quer implementar, você deve levar em consideração esses custos adicionais com dados.  

Taxa de transferência de dados

Largura de banda representa a capacidade de uma rede. A taxa de transferência representa a velocidade na qual consegue transferir dados.  Quanto mais baixa a taxa de transferência de dados de uma rede, mais tempo leva para receber e transmitir dados (e a transmissão consumirá mais bateria). 

Muitas aplicações de IoT não exigem muita taxa de transferência de dados, mas se seu dispositivo precisar de processos como streaming de vídeo ou transmissão de dados em tempo real, velocidade é algo vital.  A taxa de transferência de dados também é importante se você planeja entregar atualizações de firmware remotas para manter seu dispositivo seguro, consertar bugs ou incluir recursos.   

A capacidade de entregar atualizações de firmware “Over-the-Air (OTA) ajuda a proteger seus dispositivos para o futuro, mas sem uma alta taxa de transferência de dados, os fabricantes de IoT não conseguem enviá-los para dispositivos alimentados por bateria.  

Mobilidade

Alguns dispositivos de IoT – como sistemas de entretenimento veicular, carros autônomos e dispositivos de rastreamento – precisam receber e transmitir dados enquanto se movem em altas velocidades.  Se sua aplicação possuir um elemento móvel, você precisa procurar soluções de conectividade que possam lidar com este tipo de transferência de dados.  

Latência

Latência é o atraso entre o envio e o recebimento de dados. Na maioria das aplicações de IoT, isso não é crítico. Mas com veículos autônomos, a latência é uma questão de vida ou morte.  Se seus dados forem sensíveis ao tempo, em que cada segundo (ou milissegundo) conta, você deverá considerar a latência inerente das diferentes tecnologias de rede.  

A alta latência pode fazer com que os aplicativos atinjam o tempo limite, o que significa que os dados são perdidos ou que os dispositivos precisam retransmiti-los. Ambos geram uma experiência ruim e podem lhe custar tempo, dinheiro e até mesmo clientes. 

Penetração em ambientes internos

Alguns sinais são mais fortes do que outros. Para dispositivos que normalmente são implantados no subsolo ou em edifícios densos, você precisará pensar em como o sinal penetra nessas obstruções. Em geral, os sinais de frequência mais baixa têm melhor penetração em ambientes internos.  Você também deverá considerar os sinais da perda máxima de acoplamento, ou Maximum Coupling Loss (MCL), que reflete a quantidade de interferência que o sinal pode teoricamente suportar. Quanto mais alto for o MCL, maior será a penetração interna.  

Segurança

A conectividade é o que torna os dispositivos de IoT tão úteis, mas é uma faca de dois gumes. Suas conexões entre si e com outras entidades de rede podem criar vulnerabilidades significativas, e a segurança da IoT é uma ameaça constante. Há anos, os hackers vêm descobrindo novas maneiras de explorar os dispositivos de IoT para roubar dados valiosos ou incorporá-los a "botnets". 

Alguns tipos de rede possuem recursos limitados de segurança, o que sobrecarrega os próprios dispositivos para garantir que a transferência de dados não seja comprometida.  

A segurança da IoT é mais importante para aplicativos que enviam ou recebem dados críticos, mas também é preciso considerar como o seu dispositivo pode ser usado como um gateway para outros dispositivos em uma rede. Um dispositivo de IoT no WiFi de seu cliente, por exemplo, pode conceder a um hacker acesso a computadores, servidores e outras entidades na mesma rede - ou, como no ataque Stuxnet, um PC vulnerável do cliente pode afetar seu dispositivo de IoT. Isolar os dispositivos de IoT em sua própria rede, usando redes privadas virtuais (VPNs), e limitar a conectividade a suas funções principais, é uma medida de segurança crucial. 

Atualizações de firmware lhe permitem fechar brechas na sua segurança de IoT, mas nem todas as tecnologias de rede lhe permitirão fornecê-las, devido à largura de banda limitada.  Se você se preocupa com a segurança dos seus dispositivos, vale a pena refletir se poderá atualizá-los "over-the-air" para corrigir bugs e solucionar vulnerabilidades.    

Redundância

Você não pode se dar ao luxo de perder a conectividade.  Seus clientes também não.  O tempo de inatividade de uma rede pode custar milhares de dólares por minuto.  Dependendo da aplicação, pode custar vidas ou levar a processos judiciais complicados.  

Por este motivo a redundância da rede é tão valiosa: garante que você sempre terá disponível um sistema backup de conectividade.  Embora haja muitas formas de uma solução embutir redundância, isto normalmente inclui: 

  • Redundância de software (microserviços) 
  • Redundância geográfica (diversas zonas de disponibilidade) 
  • Redundância de operadora (possuir cobertura de diversos provedores de serviços) 

Em última instância, a redundância é importante porque ajuda a aumentar o tempo de atividade garantido. Independentemente da forma como funciona, você precisa estar seguro de estar escolhendo uma solução de conectividade que não te deixará na mão quando você precisar.  

Soluções de conectividade IoT

Toda solução de conectividade tem seus prós e contras para a IoT.  O tipo certo de rede depende de sua aplicação, mas exploraremos a seguir os principais tipos de conectividade usados por fabricantes de IoT, destacando alguns de seus pontos forte e fracos em geral.  Para cada tipo, daremos uma “classificação” de alto nível sobre como atende a alguns dos fatores acima.  

Antes, façamos uma rápida comparação.  

Codificamos a tabela abaixo com cores para destacar os pontos fortes e fracos de cada tecnologia.

Tipo de Conectividade

Cobertura

Taxa de transferência de dados

Energia Ociosa

Energia Rx/Tx

Modo de Economia de Energia 

Fornecimento de Energia

Custo do Módulo

Celular

Global

Até 130 Mbps

A partir de ~1.5 mA

A partir de ~110 mA

A partir de ~3 μA

A partir de 2.75 V

A partir de 7€

WiFi

<400m

Até 1.3 Gbps

~30–100mA

~130–250 mA

~1.5 mA

A partir de 3 V

5–10€

Bluetooth

<700m

Até 3 Mbps

A partir de 35 mA

A partir de 2.7 mA

A partir de 1 μA

A partir de 1.7 V

7–10€

Zigbee

<300m

Até 1 Mbps

15–20 mA

40–135 mA

A partir de 2 μA 

A partir de 2.1 V

10–15€

LoRaWAN

15km

0.24–37.5 Kbps

N/D

A partir de 5 mA

1.8 μA

A partir de 2.4 V

8–12€

Ethernet

Limitada por cabo

Até 10 Gbps

  

  

  

  

  

M-Bus

<km

Até 100 Kbps (Wireless M-Bus)

~2 mA

A partir de 10 mA

A partir de ~1 µA

A partir de 2.3 V

 

PLC

Cabos de 1 km 

Até 575 Kbps

100–240 mA

100–240 mA

N/D

N/D

A partir de 35€

(Baixe esta tabela) 

  • Energia ociosa refere-se a quanta energia a solução requer quando não está transmitindo ou recebendo.  
  • Energia Rx/Tx trata-se de quanta energia ela utiliza enquanto o dispositivo está recebendo ou transmitindo dados.  
  • O modo de economia de energia mostra quanta energia o dispositivo utiliza ao usar recursos que reduzem o consumo de energia.  
  • O fornecimento de energia é o tamanho da bateria normalmente exigida.  Cada uma destas está listada em miliamperes (mA) ou microamperes (μA).

Celular 

Cobertura: Global 

Taxa de transferência de dados: 

  • Downlink: 107 Kbps (GPRS) to 130 Mbps (LTE) 
  • Uplink: 85.6 Kbps (GPRS) to 30 Mbps (LTE)

Consumo de energia:  

  • Ociosa:  ~1.5 mA (GSM) a ~38mA (LTE) 
  • Rx/Tx: ~110 mA (NB-IoT/LTE-M) a 2A (LTE) 
  • Economia de energia: ~3 μA (NB-IoT e LTE-M) a ~3mA (LTE) 
  • Fornecimento de energia: 2.75 V (NB-IoT) a 4.2 V (GSM) 
  • Custo do módulo: 7–45 €, dependendo do tipo de rede

Celular é a escolha de conectividade mais popular para as soluções de IoT.  As redes celulares já estão implantadas ao redor do mundo – seus dispositivos precisam apenas de SIM cards para se conectar a elas.  Essas redes também foram desenhadas para lidar com volumes imensos de dados.

IoT celular é fácil de implementar, mas envolve algumas considerações adicionais. Existem diversas gerações de tecnologia de rede celular (2G3G4G5G) e redes especializadas para IoT (LTE-M, Cat-M1, NB-IoT), cada uma com sua própria infraestrutura. O tipo de rede celular que você escolher muda completamente sua cobertura, custo, largura de banda e consumo de energia.  2G e 3G são as soluções celulares mais comuns para IoT e frequentemente são utilizadas como serviços de backup, mas LTE-M e NB-IoT também estão se tornando mais comuns.  Nos próximos anos, 5G terá mais aplicações de IoT, mas no momento, é melhor utilizada em processos com extrema intensidade de dados que dependem de uma latência baixa. 

Os fabricantes também precisam levar em conta suas operadoras.  Toda operadora de rede também tem sua própria infraestrutura. E embora utilizem acordos de roaming para permitir que seus clientes acessem redes parceiras em outros países, isso ainda não é ideal para os fabricantes de IoT.   

Ao invés de provedores tradicionais de celular, os fabricantes frequentemente usarão provedores de conectividade agnósticos a redes, como a emnify. Embora as operadoras tradicionais permitam que você acesse um punhado de redes celulares em alguns países, nós lhe fornecemos acesso a mais de 540 redes em mais de 180 países.  Construímos nossa plataforma de comunicações para IoT, de forma que ela aproveita a tecnologia celular de maneiras únicas.  

WiFi

Cobertura: ~100–400m  

Taxa de transferência de dados: Até 1.3 Gbps, dependendo do padrão WLAN 

Consumo de energia:  

  • Ociosa: ~30–100 mA 
  • Rx/Tx: ~130–250 mA 
  • Economia de energia: ~1.5 mA 
  • Fornecimento de energia:  ~3–5 V   
  • Custo do módulo: 5–10€ 

WiFi é relativamente comum para dispositivos de IoT de consumidores, pois permite que o consumidor simplesmente conecte seu dispositivo à rede que já utiliza em casa.  Isto é conveniente, mas existem questões importantes no uso de WiFi para IoT.
 
Primeiro, isto torna o dispositivo vulnerável a ser haqueado por outros dispositivos na rede, e o dispositivo de IoT também se torna um ponto de entrada para a rede.  Não é preciso ir muito longe para encontrar histórias de terror sobre monitores de bebê hackeados e outros dispositivos que dependem de conexões WiFi.
 
WiFi funciona bem para fornecer conectividade a uma área pequena – como um edifício – mas tem dificuldade de penetrar em materiais densos, tem alcance limitado e é extremamente propenso a interferências.  Como todas as redes WiFi utilizam as mesmas bandas (2.4 GHz e 5 GHz), outras redes  podem interferir umas com as outras se estiverem muito próximas.

Permanecer conectado ao WiFi também consome a bateria bem rapidamente.  Isto não é um grande problema para os dispositivos que as pessoas esperam carregar regularmente, como um smartwatch, mas é problemático para dispositivos de IoT que precisam que uma bateria dure anos.

Bluetooth 

Cobertura: ~200m (Bluetooth) a 700m (BLE) 

Taxa de transferência de dados: 350 Kbps (Bluetooth) a 3 Mbps (BLE) 

Consumo de energia: 

  • Ociosa: 35 mA (BLE) a 100 mA (Bluetooth) 
  • Rx/Tx: 2.7 mA (BLE) a 150 mA (Bluetooth) 
  • Economia de energia: 1 μA (BLE) a 9 μA (Bluetooth) 
  • Fornecimento de energia: 1.7 V (BLE) a 3.6 V (Bluetooth) 
  • Custo do módulo: 7–10 €. Bluetooth é outra solução popular para dispositivos de IoT de consumidores.  É extremamente fácil de configurar, mas também tem um alcance muito curto.  No entanto, Bluetooth pode utilizar uma topologia de rede em “malha” para ampliar sua cobertura.  Nesse modelo, todo dispositivo Bluetooth conectado amplia a abrangência da malha. Ao invés de ter uma cobertura fixa baseada em um nodo central, cada dispositivo conectado é um nodo separado fornecendo serviço Bluetooth dentro de um raio.   

Os dispositivos bluetooth estabelecem relações do tipo pai-filho para se conectarem entre si e com outros dispositivos (como um computador ou smartphone), e um único dispositivo pode se relacionar com vários outros, o que forma a malha.  

Como utiliza sinais fracos, o Bluetooth pode se comunicar em ambientes movimentados com uma interferência mínima, o que o torna adequado para algumas aplicações de IoT industriais. Contanto que uma aplicação não envolva processos com intensidade de dados e não exija muita largura de banda, as últimas versões de Bluetooth (especialmente Bluetooth Low Energy – BLE) podem funcionar bem para IoT.   

Bluetooth é especialmente vulnerável a uma ameaça cibernética conhecida como “bluesnarfing”, onde alguém emparelha com seu dispositivo Bluetooth sem o seu conhecimento.  Uma tecnologia de Bluetooth mais avançada torna isto bem mais difícil, mas o Bluetooth mais simples permite que qualquer um dentro de um pequeno raio se conecte ao dispositivo.  Isto pode ser particularmente problemático em edifícios e espaços públicos, especialmente para dispositivos de consumidores que podem trocar a segurança pela conveniência.  

Zigbee

Cobertura: 90m (internamente) a 300m (linha de visão) 

Taxa de transferência de dados: RF 250 Kbps, serial até 1 Mbps 

Consumo de energia:  

  • Ociosa: 15–20 mA 
  • Rx/Tx: 40–135 mA 
  • Economia de energia: 2 μA 
  • Fornecimento de energia:  ~3–5 V 
  • Custo do módulo: 10–15 €.  Zigbee é outra solução de conectividade que depende de uma topologia de rede em malha. Embora as malhas Bluetooth sejam simplesmente compostas de dispositivos habilitados para Bluetooth, uma rede de malha Zigbee possui três componentes principais: 
  1. Um coordenador Zigbee (ZC) é essencialmente o marco zero para a rede. Há apenas um ZC por rede Zigbee e ele pode se conectar a outras redes e armazenar informação importante sobre a rede, como chaves de segurança
  2. Um roteador ou repetidor Zigbee (ZR) relata mensagens entre os dispositivos finais e uma aplicação.
  3. Os dispositivos finais Zigbee (ZEDs) são os próprios dispositivos de IoT, cada um com a capacidade de ampliar o alcance da rede ao se conectar com outro ZC ou outro ZED que esteja conectado ao ZC.

Zigbee é uma solução de código aberto com alcance maior do que Bluetooth.  Trabalha bem em ambientes que ainda não tenham uma infraestrutura de rede implementada e é escolhido frequentemente para casas inteligentes e fábricas inteligentes que precisam de baixa largura de banda

LoRaWAN

Cobertura: 15 km na linha de visão 

Taxa de transferência de dados: 0.24–37.5 Kbps 

Consumo de energia:  

  • Ociosa: N/A 
  • Rx/Tx: ~5–15 mA / ~120 mA 
  • Economia de energia:  1.8 μA 
  • Fornecimento de energia:  2.4 V a 3.6 V 
  • Custo do módulo: 8–12 € 

LoRaWAN significa Long Range Wide Area Network, ou seja, uma rede de longa distância com amplo alcance. É um tipo de WAN de baixa energia, uma Low-Power Wide Area Network (LPWAN), e foi projetada especificamente para a Internet das Coisas. Embora existam provedores de LoRaWAN espalhados pelo mundo todo, na maioria dos casos o fabricante de IoT precisa implementar sua própria infraestrutura LoRaWAN, ao invés de se unir a uma já existente. 

As principais vantagens de LoRaWAN são o fato de que usa bandas com frequência não licenciadas (então você não paga pelos dados caso seja o dono da infraestrutura), possui boa cobertura e penetração interna devido às suas frequências de banda GHz sub-one, e usa muito pouca energia.  

As desvantagens são que a LoRaWAN tipicamente requer a instalação de nova infraestrutura; não há acordos de roaming entre provedores (o que significa que você precisa de novos contratos ou de novas infraestruturas se você opera fora da rede de um provedor) e possui recursos de mensagens extremamente limitados. 

Ethernet

É difícil fornecer atributos de energia e custos para a Ethernet, pois ela tem especificações diferentes para 10Mbps, 100Mbps, 1Gbps e 10Gbps—cada uma exigindo diferentes conectores, dependendo se o host implementa ou não a funcionalidade de economia de energia.  A Ethernet também pode ser usada para alimentar o dispositivo (isto é conhecido como Power of Ethernet – PoE). 

Com a Ethernet, os fabricantes de IoT não precisam se preocupar com a taxa de transferência de dados –  ela pode lidar com tudo que seus dispositivos precisarem transmitir ou receber, agora e no futuro.  Entretanto, há muita preocupação com a ethernet como solução de IoT. 

Usar a ethernet exige que cada dispositivo tenha uma conexão direta e com fio à rede. A mobilidade não é realmente uma opção. Essa conexão com fio também apresenta desafios em termos de quem é responsável por manter a conectividade (o fabricante ou o cliente) e como ela será implantada.  Em construções novas, a ethernet é tipicamente considerada desde o início, mas pode ser caro adicioná-la  após o fato ou instalar mais conexões para acomodar mais dispositivos.

Também vale a pena considerar quem tem acesso à rede, já que há uma conexão física que pode ser adulterada e o protocolo de ethernet não criptografa as transmissões.

Meter Bus (M-bus) e wireless M-bus

Cobertura: 1000m 

Taxa de transferência de dados: 300–9600 bps (M-bus), 4.8–100kbps (Wireless M-bus) 

Consumo de energia:  

  • Ociosa: ~2 mA 
  • Rx/Tx: 10–20 mA / 30mA 
  • Economia de energia: ~1 µA 
  • Fornecimento de energia: 2.3–3.6 V ~1 µAM-bus e wireless M-bus são padrões europeus especializados, desenhados para a comunicação de medidores inteligentes. Esses protocolos utilizam frequências baixas e possuem uma boa penetração em ambientes internos e a infraestrutura é tipicamente incorporada a uma nova construção.  

Wireless M-bus pode enfrentar questões de interoperabilidade, pois é de código aberto e atualmente não há um padrão de certificação para provedores e fabricantes que utilizam o protocolo, portanto você não sabe necessariamente se um dispositivo, gateway ou rede é compatível com outras soluções de M-bus sem fio. Isto é particularmente problemático quando você implementa em diversos países. 

Com M-bus e wireless M-bus, os medidores inteligentes utilizam gateways para transportar dados para a nuvem.  

Power Line Communication (PLC)

Cobertura: cabos de 1 km  

Largura de banda: 4–575 Kbps 

Consumo de energia: 100–240mA 

Fornecimento de Energia 24V 

Custo: 35–90 € 

Power Line Communication é outra solução com fio e sem dúvida, uma das opções de tecnologia IoT mais exclusivas. Se já houver linhas de energia no local onde você pretende implementar, você não precisa estabelecer uma nova infraestrutura; é preciso apenas se conectar às linhas de energia existentes. É viável para algumas aplicações, mas o problema com PLC é que as linhas de energia não foram construídas para a transmissão de dados, e não é assim que elas são usadas principalmente.  

As linhas de energia têm uma corrente elétrica passando constantemente para dispositivos alimentados (que podem incluir seus dispositivos de IoT), e isso pode interferir nas transmissões. Por este motivo, PLC é considerada uma solução simples, mas não confiável.  

Saiba mais sobre a solução de conectividade IoT da emnify 

Há um motivo pelo qual a conectividade celular é tão popular para a Internet das Coisas. É simples de usar, tem a vantagem de ter cobertura forte (em áreas internas, externas e móveis), tem taxa de transferência de dados alta e uma excelente largura de banda, além de incluir uma gama de soluções especializadas para diferentes casos de uso. 

A plataforma de conectividade IoT da emnify aproveita totalmente a conectividade celular e permite que seus dispositivos se conectem a mais de 540 redes em mais de 180 países. Nossa solução nativa em nuvem inclui redundância embutida para fornecer um tempo de atividade de rede garantido de 99.99% e você pode integrar nossos dados de conectividade com todas as ferramentas que você já utiliza.

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